Exercícios para Aula de Operações com Números

Olá pessoal, tudo bem?

Aqui estarão alguns exercícios, gostaria que tentassem resolver e abriremos uma discussão em sala de aula.

Quem quiser em pdf para imprimir basta Clicar em Documento sem título.

  1. Um casal e os seus dois filhos têm conjuntamente 85 anos. A filha é mais velha cinco anos do que o irmão e o pai mais dois do que a mãe. Calcular a idade actual de cada um sabendo que daqui a dois anos a mãe tem o triplo da idade da filha.

  2. A soma de três números pares consecutivos é igual a 78. Determine os números.

  3. O dobro de um número adicionado à sua terça parte, é igual ao número somado com 20. Qual é esse número?

  4. A idade de um pai é o quádruplo da idade do filho. Daqui a 10 anos, a idade do pai será o dobro da idade do filho. Qual será a idade de cada um deles?

  5. Sr. Jairo tem três filhos: Pedro, Carlos e José. A razão entre as idades de Pedro e Carlos é 1/3 nessa ordem, e a razão entre as idades de José e Carlos é 1/2. Sabendo-se que a soma das respectivas idades é 99 anos, é correto afirmar que a soma dos algarismos da idade de Carlos é: A) 9
    B) 12
    C) 11
    D) 16
    E) 10


  6. Paulo gastou 30% do seu salário com roupas, 25% com alimentação e 10% com despesas extras, e ainda ficou com R$ 210,00. Qual o valor do seu salário?

  7. Carlos tem 17 anos e Mario tem 15. Daqui a quantos anos a soma de suas idades será 72?

  8. Dona Maria foi à loja C&A e comprou 5 camisa e 2 calças, pagando um total de 280 reais. Sr. Jairo, foi a mesma loja, e comprou 3 das mesmas camisas e 4 das mesmas calças, pagando no total 350 reais. Qual é o preço de cada camisa e de cada calça?

E como eu não poderia de deixar, gostaria que lessem esse texto também:

O que é Educação Popular ?

CARLOS RODRIGUES BRANDÃO  “O que é educação popular”- Ed. Brasiliense, 2006.

Tópicos retirados dos capítulos 2 e 3: ” O trabalho de democratização do saber escolar” ( A educação popular como ensino público)  e “O trabalho de libertação através da educação popular” ( A educação popular como educação das classes populares).

O Trabalho de democratização do saber escolar”

( A educação popular como ensino público)

Algumas concepções de Educação Popular:

  • Como alguma modalidade agenciada e profissional de extensão dos serviços da escola a diferentes categorias de sujeitos dos setores populares da sociedade, ou a grupos sociais de outras etnias, existentes nela ou a sua margem.
  • Educação escolar estendida ao povo.

“Fernando de Azevedo (“ A Cultura Brasileira”, pg. 15) associa o ensino escolar dos jesuítas como o embrião de uma educação popular no Brasil.”

Corporações de ofício –  Programavam a aprendizagem sistemática de todos os ofícios embandeirados, estipulando que todos os menores ajudantes  devessem ser aprendizes, a menos que fossem escravos. Determinavam o número máximo de aprendizes por mestre, a duração da aprendizagem, os mecanismos de avaliação, os registros dos contratos e outras questões. ( Luís Antônio Cunha  “Aspectos sociais da Aprendizagem de Ofícios manufatureiros no Brasil Colônia” 1978).

Iniciativas que desencadearam o surgimento , nas primeiras décadas do séc. XX o advento do ensino escolar oficial.

  • É associado aos movimentos civis e lutas pela democratização do ensino que o nome educação Popular aparece com aspas em Celso de Rui Beisiegel ( Estado e educação popular, pp. 34-58)
  • Apenas após da Primeira Guerra Mundial, a partir de 1920, é que acontece entre nós o que se poderia chamar de uma luta ampla em favor de uma primeira educação popular […] é comum educadores e estudioso9s chamarem o que aconteceu entre os anos 20 e 40 de “ entusiasmo pela educação”.

“Mesmo em graus elementares, a escola pública é deficiente e deixa ainda à margem de uma educação escolar adequada um número muito GRANDE e PERSISTENTE de crianças e adolescentes pobres.”

 

A CRÍTICA DA EDUCAÇÃO “PARA TODOS”:

Oportunidades de chegar à escola, de permanecer nela o tempo devido e de obter, do que ali se troca, todos os bens da educação, estão desigualmente distribuídas e isto se deve a problemas como os seguintes:

  1. As disponibilidades econômicas do país ou de algumas regiões  não permitem investimentos suficientes para que todos recebam toda educação devida;
  2. Outros problemas que não os “de educação” impedem ou dificultam a presença regular de crianças pobres ou de meio rural na escola;
  3. Famílias com uma história crônica de baixos índices de escolaridade, de dificuldades de trabalho e, consequentemente, de carências de nutrição, saúde e estabilidade, não possuem um interesse persistente pela educação de seus filhos.

Em uma cidade como São Paulo, nos bairros de periferia, os índices de retenção na série (repetência) e de exclusão da escola (evasão escolar) são m,uito mais altos do que nos bairros centrais, mesmo quando a comparação é apenas entre escolas públicas.

O que faz com que a educação pública resista a ser, até hoje, como há cerca de 60 anos sonharam os militantes da educação “pública, laica e democrática” como ela poderia ser?

  • No interior de uma sociedade que divide o trabalho e o poder a condição de sua ordem o o sistema escolar acompanha o controle e a manipulação da própria desigualdade. Acompanha também o processo simbólico – o que se diz, o que se mostra, o que se afirma, o que se esconde de consagração do valor e da necessidade de tal ordem.
  • A educação ajuda a traçar destinos desiguais […]  mas é importante que uma retórica oficialmente social e educativa proclame que a educação é um direito de todos.
  • Mas por outro lado, é necessário também que a educação escolar não seja oferecida a todos da mesma maneira, e assim, dos bancos e salas de aula saiam desigualmente repartidos para a vida e o trabalho: uam pequena fração de senhores (para quem não raro o próprio estudo não é tão importante); uma faixa intermediária de trabalhadores  funcionários ou liberais, funcionalmente colocados entre o puro trabalho e o puro poder, liberados de serem trabalhadores braçais; e uma massa multiplicada desses últimos: sujeitos pobres e subalternos, a quem o nível de ensino dado civilize e torne eficazes para o trabalho, sem alcaçar ser melhor do que sua condição de classe e maior do que devem ser as suas aspirações de vida.

Existem fatores escolares responsáveis pelo ” fracasso escolar” das crianças, que em geral estão ligados a fatores sociais;

  • Carências graves dos alunos;
  • Precariedade das alternativas de formação profissional e realização do trabalho escolar por parte dos professores. (BAETA, A. M; ROCHA A. D; BRANDÂO Z. “O Fracasso Escolar : O estado do conhecimento sobre evasão e repetência no ensino de 1º grau no Brasil – 1971/1981)

Outro estudo realizado em São Paulo aponta a relação entre a origem social do aluno e as condições de sua esperança na educação:

1) Diferença notável entre alunos das séries iniciais e das quatro últimas do 1º grau do ponto de vista sócio econômico;

2) Porcentagem de alunos cujo pais pouco estudaram diminui muito ao longo do curso;

3) Dificuldades de adaptação do “aluno migrante” a escola da capital são muito acentuadas e o sistema de educação não leva isto em conta;

4) Crianças das camadas mais pobres repetem com mais frequência as séries e são excluídas mais cedo e em maior quantidade da escola, sendo que seus lugares vão sendo ocupados por igual número de crianças “menos pobres”;

5) Como os pais que podem preferem colocar os filhos em escolas particulares, nas escolas públicas uma redução social de alunos mais pobres equivale a uma redução efetiva do número total de alunos nas últimas séries;

6) O índice médio de repetência é de cerca de 50% e piora do centro para a periferia, de tal maneira que, no geral, menos de um terço dos alunos está na idade adequada para a série que frequenta;

7) Os dois terços restantes estão defasados porque entraram na escola tarde, porque foram obrigados a abandonar os estudos por algum tempo ou porque são repetentes ocasionais ou costumeiros;

8)  Entre estes últimos, principalmente, a carreira escolar tende a ser breve e vazia: após alguns anos de fracasso repetido, os pais retiram os filhos da escola.

(Lia Rosemberg “Relações entre a origem social, condições da escola e rendimento escolar de crianças no ensino público estadual de 1º grau da Grande Cidade”)

Existe um outro indicador para o qual o sistema escolar costuma ser pouco sensível. De modo crescente à medida que desce de classe, a criança e o adolescente pobres são trabalhadores precoces que estudam.

– Com o agravamento das condições de vida: 19, 5% das crianças estão trabalhando […] do total de filhos que trabalham 72,9% estão fora da escola. (Maria Malta Campos “Escola e Participação Popular: A Luta por Educação Elementar em Dois Bairros de São Paulo, pp. 277-278).

“ De um lado corpos nutridos e uma adolescência que livre da fome, da opressão, da instabilidade e do trabalho precoce, o tempo longo necessário ao pleno estudo na escola. As escolas particulares ou as melhores escolas públicas; salas limpas com professores titulados; métodos entre Montessori e Piaget; ações criativas e recursos pródigos entre a escola e o cursinho, entre ele e o doutorado, de tal sorte que o fracasso escolar é uma questão INDIVIDUAL  e  LAMENTÁVEL […]. De outro lado corpos frágeis, onde a desnutrição e o esforço do trabalho precoce deixam marcas[…] diversos candidatos ao que a retórica do assunto chama de fracasso escolar.”

A QUESTÃO ATUAL DO ENSINO ESCOLAR DO POVO

Pesquisas recentes realizadas sobretudo em São Paulo redescobrem a presença de grupos, classes e comunidades nas lutas e conquistas da educação.

  • Maria Malta Campos insiste em que a população carente está sempre atenta às questões  da educação e, não raro, mobiliza-se e luta por conseguir, seja a implantação de uma escola pública, seja a melhoria das condições sempre precárias das escolas implantadas (ibidem. pg 6)
  • Ao mesmo tempo que é necessária e legítima a ampliação de experiências autônomas e alternativas de uma educação popular realizada entre movimentos populares é importante a redefinição da escola pública de modo a que, à custa de lutas e conquistas, ela venha a se transformar em uma educação oferecida pelo estado a serviços de interesses e projetos das classes populares. Isto é parte de um projeto histórico de um dia toda a educação realizar-se em uma sociedade plenamente democrática como uma educação popular.
  • Passagem de uma educação pública para uma educação popular.

“O Trabalho de libertação através da Educação Popular”

( A educação popular como educação das classes populares).

Sentidos até então considerados de Educação Popular:

1) Enquanto processo geral de produção do saber necessária a anterior divisão social do saber, como educação da comunidade;

2)  Como o trabalho político de luta de luta pela democratização do ensino escolar através da escola laica e pública.

O que dizer de inúmeras expressões que se desdobram a partir de meados dos anos 40: alfabetização de adultos, alfabetização funcional, educação de adultos, educação fundamental, educação comunitária , educação permanente, educação não-formal, educação de base, educação popular?

Processos iniciais de industrialização alteraram aspectos relevantes do quadro de relações de classes. Houve uma série de acontecimentos que podem ser tomados como ponto de partida para as respostas das perguntas acima.

Se quiser ler o texto completo, siga o link:

http://www.ufrgs.br/soft-livre-edu/felippebis/2011/04/24/o-que-e-educacao-popular/


Referência:
http://matematicaluzes.blogspot.com.br/2010/08/problemas-com-idades-resolvidos.html
https://problemasteoremas.wordpress.com/2008/08/17/problema-simples-sobre-idades-de-pais-e-filhos/
http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-sobre-problemas-envolvendo-uso-equacoes.htm

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